Refugiados ucranianos acolhidos em Viseu continuam a beneficiar de apoio à habitação e à integração no mercado de trabalho

Teve lugar na passada terça-feira, dia 24 de maio, a reunião trimestral da rede solidária com os parceiros da Câmara Municipal de Viseu, do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), da Associação Viriatos.14 e da Associação dos Ucranianos de Viseu para delinear a nova estratégia de apoio à integração dos mais de 450 refugiados do concelho de Viseu. 

Analisada a parceria possível com a SONAE/NOS, a rede vai agora estudar e propor formas de apoio, quer individual - que vão da ajuda alimentar, telecomunicações ou outras dentro das disponibilidades -, quer coletivos - que podem passar pela organização de visitas e atividades para preencher os tempos livres das crianças e jovens em período de férias escolares. 

Aos refugiados ucranianos, acompanhados na sua integração pelo Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM) do IPV, foi já disponibilizada uma plataforma de emprego da SONAE, em complemento daquela que a autarquia gere nos serviços sociais. 

Esta fase que a autarquia quer operacionalizar no curto prazo visa autonomizar as famílias de refugiados colocando-os no mercado de trabalho e proporcionando habitação no seio da comunidade viseense. A esse propósito, a autarquia está disponível para, no âmbito do programa "Porta de Entrada”, apoiar as famílias de refugiados ucranianos que procuram arrendar habitação no concelho, caso o número dos interessados e os valores em causa se enquadrem no âmbito dos requisitos definidos pelo Governo via ACM para o programa. 

No momento, dos quase 600 refugiados registados no CLAIM/IPV, a grande maioria (74%) são do sexo feminino. Dos 486 que Viseu acolheu, 176 têm idades inferiores a 18 anos e 37 têm idades superiores a 65. As crianças e jovens, na sua quase totalidade, estão já inscritos e frequentam as escolas do concelho e a maioria dos adultos frequenta aulas de português na Escola Secundária Alves Martins e no Instituto de Emprego e Formação Profissional. 

45% dos refugiados acolhidos em Viseu dispõem de habilitações iguais ou superiores a licenciatura e alguns estão já colocados no mercado de trabalho. A Loja Solidária do IPV continua a apoiar uma média de 70 pedidos por semana e a solidariedade da comunidade viseense continua a dar resposta a pedidos específicos. É disso exemplo o apoio a uma criança que precisava de óculos e outra que beneficiou da oferta de um aparelho auditivo, atos solidários que o Município de Viseu reconhece e agradece.