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Orquestra Filarmonia das Beiras protagoniza concerto de Páscoa solidário no Viriato Teatro Municipal

11-04-2022Cultura
Orquestra Filarmonia das Beiras protagoniza concerto de Páscoa solidário no Viriato Teatro Municipal
Concerto terá lugar esta quinta-feira, dia 14, e a receita reverte para apoio aos refugiados acolhidos em Viseu. Bilhetes já à venda 

O Viriato Teatro Municipal, em Viseu, acolhe esta quinta-feira, dia 14 de abril, um concerto especial de Páscoa, de cariz solidário, protagonizado pela Orquestra Filarmonia das Beiras.

"As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz”, do compositor Joseph Haydn, é a obra apresentada neste espetáculo, o qual será conduzido pelo maestro convidado Martim Sousa Tavares. Ao vivo, o artista plástico Fidel Évora realizará uma projeção e desenho alusivo ao espetáculo. 

Os bilhetes para este concerto estão já à venda e têm um custo de 10 euros. Estes podem ser adquiridos presencialmente, na bilheteira do Teatro, havendo ainda a possibilidade de serem feitas reservas através do email bilheteira@teatroviriato.com. A receita angariada reverterá na íntegra para apoio aos refugiados acolhidos em Viseu, à semelhança do que aconteceu no espetáculo REFÚGIO, realizado a 28 de março. 

"Recebemos de braços abertos a Orquestra Filarmonia das Beiras, nesta Páscoa em Viseu, para um espetáculo de excelência, ainda para mais de apoio a uma causa nobre como esta”, sublinha a Vereadora da Cultura, Turismo e Ação Social, Dr.ª Leonor Barata. "Convido todas e todos os viseenses para celebrarem esta época, e os valores de solidariedade e união a ela associados, adquirindo o bilhete para este concerto e testemunharem assim, ao vivo, este espetáculo da Orquestra”, conclui. 

Recordamos que toda a programação da Páscoa em Viseu, que se prolonga até 18 de abril, pode ser consultada em www.visitviseu.pt


Sobre a obra "As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz”, de Joseph Haydn

"As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz”, uma das maiores joias do classicismo vienense estão, segundo o próprio compositor, entre as melhores composições instrumentais que jamais produzira. Haydn já era um compositor maduro e famoso quando compôs "As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz”.

Originalmente escrita para orquestra, em 1785, a obra resultou de um pedido bastante raro do Cabido de Cadiz (Espanha), ao solicitar a Haydn que fizesse uma música que ilustrasse as sete últimas palavras de Cristo na cruz para o serviço religioso de Sexta-Feira Santa. Motivado pelo desafio, a principal preocupação do aclamado compositor, já que naquela época, aos 53 anos, era conhecido e respeitado por toda a Europa, era criar uma música que pudesse ao mesmo tempo retratar o tema principal e não cair na monotonia, pois o caráter fúnebre e movimentos lentos em excesso poderiam ser bastante desgastantes à obra como um todo.

Porém, o modo como Haydn resolveu o problema, só pode provocar a nossa mais sincera admiração, pois a riqueza melódica é tão grande, a diversidade é tamanha, que a permanência no andamento lento não se traduz em monotonia. Mesmo aqueles que não seguem as crenças cristãs, se emocionarão com os momentos vividos por Nosso Senhor Jesus Cristo na Cruz, aqui fielmente descritos e materializados. Trata-se de música absolutamente tributária, rumo a um universo de espiritualidade e de misticismo que foi, sem dúvida, ambicionado pelo compositor.

Constituída por sete sonatas místicas que têm as suas melodias sombrias inspiradas no ritmo meditativo de cada uma das Sete Palavras, a obra começa com uma nobre Introdução e termina com um impressionante Terramoto. 

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